Palavras bonitas que não interessam nem ao menino jesus mas que nos interessam a nós.

Aqui encontrei bonita prosa:

http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/afec%C3%A7%C3%A3o.htm

Alguns excertos então

"A diferença semântica entre afecção, doença, enfermidade e moléstia tem sido objecto de indagação"

"Para expressar doença com radicais gregos utilizam-se os temas nósos e páthos, com os quais se formaram numerosos compostos, tais como nosologia, nosografia, patologia, cardiopatia, patogenia, etc. Páthos, em grego, tem um sentido muito mais amplo do que nósos, e tanto se refere ao infortúnio físico como moral, às paixões exacerbadas."

"Para designar o estado mórbido de um modo geral, entretanto, prevaleceram na terminologia médica palavras de origem latina, populares ou semicultas, de livre trânsito entre médicos e leigos, como achaque, incômodo, padecimento, mal, afecção, doença, enfermidade, moléstia"

"Plácido Barbosa, em seu Dicionário de Terminologia Médica Portuguesa, reconhece a impossibilidade de manter a distinção semântica entre moléstia e doença: "Moléstia. A significação originária deste termo é a de enfado, incomodo, acção ou efeito do que é molesto, e não a de doença, que hoje se lhe dá". "Mas como a doença é sempre acompanhada de maior ou menor moléstia, esta relação constante favoreceu e determinou a metonímia, pela qual moléstia passou a significar doença". "Estas mudanças de sentido são fenómeno natural na vida das palavras, e não há que estranhá-lo em relação à moléstia".

Lindo ,Bonito , Belo, Sublime , Plácido Barbosa faz jus , ( do latin jus, direito , fazer por merecer) ao seu nome. Quem ostenta o nome Plácido arrisca-se a ser artista.

Venho por este meio informar a existência a partir desta data de um segmento dedicado a "coisas de outros". Este irá localizar-se á esquerda dos meus bitaites como quem tem o monitor de pernas para o ar. Quem costuma utilizar o monitor na posição mais ortodoxa irá situar-se a direita dos meus bitaites. Os direitos de antena são da exclusiva responsabilidade dos autores ou intervenientes.

Não resisto vou falar disto:

Há mais ou menos um ano atrás tinha eu a tarefa em mãos de no meu ultimo ano de Faculdade , pensar num , modelo turistico a implementar num território. Para contextualizuar o preço do Petroleo em junho de 2007 rondava os 65dolares por Barril e vasculhando uma noticia da RTP encontrei o que se pensava para 2008 .

"Os 27 analistas contactados pela agência Bloomberg na segunda-feira acreditam que o preço do crude nos EUA suba para 77,39 dólares, na média do conjunto de 2008, depois de em 2007 ter sido de 74,94 dólares, a que corresponde uma valorização de 3,3 por cento.

Metade desses analistas prevê um preço médio de 78 dólares, num intervalo de previsões que varia entre os 65 e os 95 dólares.

No final de 2008, o preço deve rondar os 75,5 dólares, em Nova Iorque."

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=318685&visual=26&rss=0

Na altura e após pesquisar um bocadito, não muito, tirei algumas conclusões para o que seria um Turismo sem Petroleo, em jeito de resumo o que escrevi na altura:

"- A mobilidade irá ser extremamente afectada
-O ócio será sempre a última prioridade num orçamento familiar
-Os destinos longinquos serão um excentricidade.
- O turismo será feito numa escala de proximidade evitando grandes deslocações.
-A oferta terá que se diversificar substituindo os destinos agora impracticaveis.
-Os públicos alvo mudarão
-Vários mercados|tipologias turisticas terão que conviver em proximidade"

Citando algumas coisas que por ai encontrei , as Low Cost teriam os dias contados em 2015 e o menor dos nossos problemas seria fazer turismo. Fui assim um profeta da desgraça , para citar Nuno Gomes, e escrevi que haveria um período de transição entre a economia baseada no petróleo e que nesse período muito do que hoje temos como certo iria faltar. Mas enfim , o tal trabalhinho teria que ser feito e imaginar o que seria o Turismo num espaço de 20 anos era quase anedótico pois o problema será mais como vamos comer. Lá fiz o trabalhito e a coisa ate passou com alguma descrença dos que me rodeavam devo assumir.
Ao ver toda a esta barafunda sobre petróleo não consigo resistir e armar-me aos cucos e dizer "i told you so". Vejo que a malta anda ai a querer impostos mais baixo sobre a gasosa. A malta pode pedir, a malta pode ter e se calhar a coisa vai melhorar assim tipo Aspegic. A malta tem que começar a ver que a Vaca da Argentina, e Bacalhau da Noruega , o Café da Colombia, e coisas que nos vão po estomago que viajaram mais do que nós tem assim mais que os dias contados. Preocupemo-nos então onde e como iremos trabalhar , o que iremos comer , como uma cenoura irá desde o sitio onde é colhida até ao nosso prato. Digo que o mais facil seria a cenoura ser colhida no quintal de trás. Tudo vai ter de encolher, densificar-se, misturar-se. Morar perto de onde se trabalha, morar perto do que se come , morar perto da escola , morar perto de tudo porque mexer-nos não vai ser fácil.

Graças a uma parede de vesícula estou sem ir trabalhar e consequentemente com tempo. Agradeço portanto a prenda de aniversário anónima do anónimo que achava que estava a trabalhar demais. Sucede então que se me inflamou a parede da vesícula. Coisa gira pois tudo ficou mais lento. Este e o terceiro dia e o dia em que soube a especificidade da enfermidade. Devido a alguma dor que se ocorre aquando me movo o mundo ficou mais lento por três dias. As coisas ficaram mais longiquas e os meus horizontes mais distantes. Ganhei portanto espaço. Se nos vestirmos de Engenheiro de Transportes e pensarmos que as distancias já não se medem em metros ou quilómetros mas em minutos e segundos concluo então que tenho uma renda de casa baratissima. Passo a explicar. Antes da vesícula inflamada demorava cerca de 2 segundos a chegar do meu quarto á casa de banho agora demoro cerca de 20. Isto significa que a relação distancia-tempo aumentou dez vezes pelo que se antes tinha um singelo apartamento de 35m2 tenho agora o equivalente a uma casa de 350m2 pelo mesmo preço que tinha . Outros dos investimentos que que deu frutos foi a minha cama SemiDouble que agora passou a SuperKingSize sendo necessários quase 5 segundos para de lá sair, pode-se estabelecer ainda o seguinte paralelismo ; esses mesmos 5 segundo é o tempo que demora um ser sáudavel ir do motorista á ultima fila de bancos num autocarro da Carris. Tenho assim uma cama do tamanho de um autocarro .